MOVIMENTO MAIS DIREITOS PARA OS INDÍGENAS DO RIO MAPUERA

Lutas e Projetos

As Terras Indígenas Trombetas-Mapuera e Nhamundá-Mapuera abrangem juntas 5.020.418 hectares de extensão e estão localizadas na tríplice fronteira dos estados do Pará, Amazonas e Roraima. Juntas possuem uma população de aproximadamente 2.650 pessoas, somando um total de 12 etnias que vivem na extensão do rio Mapuera na bacia do rio Trombetas.

Mapa Mapuera

Desde a década de 1980 o governo brasileiro manifesta interesse no aproveitamento hidrelétrico da bacia do rio Trombetas. Após inúmeras violações legais, o Ministério Público Federal encaminhou em 2014 uma recomendação à Secretaria do Meio Ambiente do Pará, ao Ibama e ao ICMBio requerendo a suspensão dos estudos “até que haja a realização de consulta prévia, livre e informada da Convenção169 da OIT, às populações tradicionais existentes na área, tais como indígenas, ribeirinhos, quilombolas, povos extrativistas, bem como consulta aos Conselhos Gestores e Consultivos das unidades de conservação federais e estaduais da aludida região”.

Organizados em seu presente e preocupados com seu futuro, a Associação dos Povos Indígenas do Rio Mapuera (APIM) elaborou o “Movimento Mais Direitos Para os Indígenas do Rio Mapuera”. Este projeto foi iniciado a partir do financiamento do Fundo Brasil de Direitos Humanos, em janeiro de 2018, e contou com apoio da Associação Kirwane, Equipe de Conservação da Amazônia (ECAM), Imaflora e do Instituto Maíra.

O Instituto Maíra busca fortalecer as comunidades indígenas por meio da capacitação em direitos. Não apenas apresentar os direitos indígenas em seus mecanismos nacionais e internacionais, mas também apresentar o direito como uma importante ferramenta na preservação territorial e cultural.

Índigenas pesca Mapuera

Acreditamos que todo processo de consulta deve ser precedido por um plano de consulta que estabeleça de forma clara as regras do processo, seus interlocutores, sua metodologia, tempo e recursos. Somente assim, os povos indígenas poderão decidir conscientemente sobre seu futuro e autodeterminar sua reprodução socioambiental.

Nenhum direito a menos!