Instituto Maíra
Quem somos
O Instituto Maíra é uma organização brasileira, sem fins lucrativos que, desde 2017, atua em territórios nacionais e internacionais, com o objetivo de contribuir na emancipação de povos e comunidades tradicionais por meio do fortalecimento do princípio da autodeterminação.
Os nossos projetos são concebidos na perspectiva da luta contra a pobreza, proteção ao meio ambiente, e tem como premissa estimular o descobrimento das potencialidades de cada povo e/ou comunidade para que cada um possa melhorar a sua qualidade de vida particular, familiar e comunitária.
Temos como meta promover o desenvolvimento humano sustentável, por meio da superação da sociabilidade do consumo e da violência extrema.
Buscamos aplicar de forma integrada programas de pesquisa científica, tecnologias ambientais adaptadas, sistemas de agroecológicos, educação, geração de renda sem a precarização do trabalhador e envolvimento com os demais movimentos emancipatórios.
Articulados em rede e criando conexões, queremos despertar, de forma conjunta, uma consciência lúcida e soberana sobre a construção de nossa realidade.
AUTODETERMINAÇÃO
Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas
Artigo 3º: Os povos indígenas têm direito à autodeterminação. Em virtude desse direito determinam livremente a sua condição política e buscam livremente seu desenvolvimento econômico, social e cultural.
Artigo 4º: Os povos indígenas, no exercício do seu direito autodeterminação, têm direito à autonomia ou ao autogoverno nas questões relacionadas a seus assuntos internos e locais, assim como a disporem dos meios para financiar suas funções autônomas.
“A autodeterminação é o caminho para emancipação dos povos e comunidades tradicionais. É no livre exercício de viver em comunidade e trabalhar seu cotidiano que homens e mulheres constroem sua liberdade. Que nenhum povo seja excluído da construção de seu futuro e que nosso futuro possa ser a confluência das particularidades de cada povo articuladas na construção do gênero humano.”
Daniel Lopes Faggiano - Diretor Executivo do Instituto Maíra
“Não se deve diminuir a importância do antropólogo também junto às aldeias, onde vive o cotidiano indígena. Seus trabalhos reflexões e análises abrem-lhe acesso a uma visão clara da sociedade que estuda; conhece, talvez melhor que qualquer outro, o universo cultural e semântico dos índios. Está ele, por isso mesmo, apto a fornecer aos índios elementos que possam ajudá-los a melhor compreender o mundo capitalista. Eles precisam e desejam conhecer o sistema de vida do outro, do “branco”. Cabe ao antropólogo facilitar-lhes esse conhecimento, para que, com os óculos de sua cultura, possam enxergar o sistema de dominação que ameaça a comunidade, os mecanismos de sujeição, mesmo quando encobertos em relações fraternas, e – mais ainda – o sentido do movimento histórico e a riqueza das múltiplas possibilidades futuras.”
JUNQUEIRA, Carmen. A questão indígena, in: D’INCAO, Maria Angela (Org.). O saber militante, p. 127.